quarta-feira, 21 de maio de 2014
PRIMEIRA MUSICA FEITA PARA CARNAVAL
Ó ABRE ALAS
Chiquinha Gonzaga
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar
“Ó Abre alas” é a primeira música feita especialmente para a festa de carnaval, o que não apenas cria um estilo (a marcha rancho), mas também dá origem a uma tradição que se estende por mais de um século. Até 1888 (século XIX), os carnavais eram restritos aos cordões e bailes fechados ao estilo veneziano, com máscaras. Não havia músicas específicas para os desfiles. À época, o país vivia uma forte agitação social, com os clubes e agremiações surgindo aos montes nas grandes cidades. “No entanto, eles chegam a 1889 sem música própria. Nos cordões, se cantava qualquer coisa. Hinos patrióticos, canções folclóricas, trechos de ópera, árias de opereta, fados, quadrinha... tudo se cantava em carnaval, até marcha fúnebre”.
É neste momento que um dos cordões mais populares, o Rosa de Ouro, decide pedir à já famosa maestrina Chiquinha Gonzaga que fizesse uma música para o seu desfile de 1889. Chiquinha, que já era reconhecida em todo país como uma grande compositora, parte então para compor aquela que seria sua mais simples e popular obra. A música, composta de uma maneira despretensiosa pela maestrina, não trazia grandes novidades. A letra incorporava o grito de ordem de todos os cordões (“abram alas que eu quero passar”), enquanto a melodia era baseada no andamento processional dos cordões.
Porém, até então, ninguém havia feito uma música que seria utilizada especialmente no carnaval - inclusive com evocação para o título do desfile (“Rosas de Ouro é que vai ganhar”). Os desfiles dos ranchos eram marcados pelo ritmo da percussão, já utilizada em outros espetáculos. “Nos bailes se tocava música de salão, as canções mais animadas. A própria Chiquinha, inclusive, escreveu músicas para carnaval de salão, para os bailes mascarados”.
A “façanha” de Chiquinha é ainda mais impressionante se levarmos em conta dois fatores. Primeiro é que ela antecipa um processo que só se afirmaria décadas depois. “O que tem de original no !”Ó Abre alas” é o fato de ser uma canção específica para o carnaval. Apenas a partir de 1917 o carnaval passa a ter canções próprias com regularidade. Chiquinha praticamente batiza o carnaval”.
Assim, ”Abre Alas” se eternizaria praticamente apenas na memória da população. Seu primeiro registro fonográfico ocorreria quase cem anos depois, em 1972. Este, na verdade, é o seu grande mérito. Mais do que inaugurar um estilo, “Abre alas” foi incorporada à cultura nacional. “Esta canção venceu o tempo, gravada apenas na memória do povo”.
CHICO BUARQUE DE HOLANDA
Nascido numa família de intelectuais (o pai foi o historiador e
sociólogo Sergio
Buarque de Holanda), Francisco Buarque de Holanda mudou-se ainda criança do
Rio para São Paulo. Na capital paulista, fez os estudos primários e secundários
no Colégio Santa Cruz, onde se apresentou pela primeira vez num palco, com
"Canção dos Olhos", uma composição sua.
Em 1963, ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (que cursaria só até o terceiro ano). No ano seguinte, inscreveu-se no festival promovido pela TV Excelsior (São Paulo) com "Sonho de um Carnaval", cantada por Geraldo Vandré. Começou a ficar conhecido, passando a apresentar-se no Teatro Paramount. Ainda em 1964, participou do programa "O Fino da Bossa", comandado pela cantora Elis Regina.
Sua primeira gravação, de 1965, foi o compacto "Olé Olá". A consagração, no entanto, viria com o festival de MPB da TV Record (São Paulo). Chico concorreu com a marcha "A Banda", que foi interpretada por Nara Leão e venceu o festival (junto com "Disparada", de Geraldo Vandré). Chico ganhou projeção nacional, e sua carreira tomou impulso.
Com o acirramento da ditadura militar estabelecida em 1964, a produção artística de Chico sofreu grande impacto. Em 1967, ele estreou o espetáculo "Roda-Viva", que acabou censurado. Em 1968, dada a repressão política, Chico preferiu o exílio na Itália.Ali nasceu a primeira filha, Sílvia (viriam ainda Helena e Luisa).Voltou para o Brasil em 1970 e lançou o álbum "Construção" no ano seguinte. Em 1972, foi ator em "Quando o Carnaval Chegar", filme de Cacá Diegues para o qual havia composto várias músicas. Chico Buarque ainda faria a trilha sonora do filme "Vai Trabalhar, Vagabundo", dirigido pelo ator Hugo Carvana em 1973.
Também em 1973, em parceria com o dramaturgo Ruy Guerra, escreveu o texto e as músicas da peça "Calabar, o Elogio da Traição". A peça foi proibida, embora algumas canções tivessem sido gravadasem
disco. Em 1974, Chico lançou o álbum "Sinal
Fechado", interpretando músicas de outros compositores, e iniciou nova
carreira, como escritor, publicando a novela "Fazenda Modelo". No ano
seguinte, escreveu com o dramaturgo Paulo Pontes a peça "Gota
d'Água".
Em 1975, Chico lançou o disco "Os Saltimbancos", uma fábula musical que ele traduziu e adaptou do italiano "I Musicanti", de Luiz Enriquez e Sergio Bardotti. As canções foram grande sucesso e serviram para a montagem teatral "Os Saltimbancos".Três anos depois, Chico escreveu e compôs as canções da "Ópera do Malandro", peça com a qual ganhou o Prêmio Molière de melhor autor teatral de 1978.
Em 1979, publicou "O Chapeuzinho Amarelo", um livro infantil. Em 1992, viria o primeiro romance, "Estorvo" e, em 1995, o segundo “Benjamin”. Chico foi se afastando progressivamente da música para dedicar à literatura, e em 2003 publicou "Budapeste", romance que se tornou sucesso de público e crítica.
Em 1963, ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (que cursaria só até o terceiro ano). No ano seguinte, inscreveu-se no festival promovido pela TV Excelsior (São Paulo) com "Sonho de um Carnaval", cantada por Geraldo Vandré. Começou a ficar conhecido, passando a apresentar-se no Teatro Paramount. Ainda em 1964, participou do programa "O Fino da Bossa", comandado pela cantora Elis Regina.
Sua primeira gravação, de 1965, foi o compacto "Olé Olá". A consagração, no entanto, viria com o festival de MPB da TV Record (São Paulo). Chico concorreu com a marcha "A Banda", que foi interpretada por Nara Leão e venceu o festival (junto com "Disparada", de Geraldo Vandré). Chico ganhou projeção nacional, e sua carreira tomou impulso.
Com o acirramento da ditadura militar estabelecida em 1964, a produção artística de Chico sofreu grande impacto. Em 1967, ele estreou o espetáculo "Roda-Viva", que acabou censurado. Em 1968, dada a repressão política, Chico preferiu o exílio na Itália.Ali nasceu a primeira filha, Sílvia (viriam ainda Helena e Luisa).Voltou para o Brasil em 1970 e lançou o álbum "Construção" no ano seguinte. Em 1972, foi ator em "Quando o Carnaval Chegar", filme de Cacá Diegues para o qual havia composto várias músicas. Chico Buarque ainda faria a trilha sonora do filme "Vai Trabalhar, Vagabundo", dirigido pelo ator Hugo Carvana em 1973.
Também em 1973, em parceria com o dramaturgo Ruy Guerra, escreveu o texto e as músicas da peça "Calabar, o Elogio da Traição". A peça foi proibida, embora algumas canções tivessem sido gravadas
Em 1975, Chico lançou o disco "Os Saltimbancos", uma fábula musical que ele traduziu e adaptou do italiano "I Musicanti", de Luiz Enriquez e Sergio Bardotti. As canções foram grande sucesso e serviram para a montagem teatral "Os Saltimbancos".Três anos depois, Chico escreveu e compôs as canções da "Ópera do Malandro", peça com a qual ganhou o Prêmio Molière de melhor autor teatral de 1978.
Em 1979, publicou "O Chapeuzinho Amarelo", um livro infantil. Em 1992, viria o primeiro romance, "Estorvo" e, em 1995, o segundo “Benjamin”. Chico foi se afastando progressivamente da música para dedicar à literatura, e em 2003 publicou "Budapeste", romance que se tornou sucesso de público e crítica.
MAURICIO DE SOUSA

Mauricio de Sousa é sem
sombra de dúvida o maior cartunista brasileiro voltado para o mundo
infanto-juvenil, mas que agrada também os adultos e criador da famosa "Turma
da Mônica". Mauricio nasceu no dia 27 de outubro de 1935, em Santa Isabel,
São Paulo, filho do barbeiro Antônio Mauricio de Sousa e da poetisa Petronilha
Araújo de Sousa e deve ter herdado de sua mãe o gosto pela arte.

Apesar de nascido na cidade de
Santa Izabel, o pequeno Mauricio passou grande parte de sua infância em Mogi das
Cruzes, quando sua família se mudou para lá pouco tempo depois de seu
nascimento. Mais tarde vieram para a Capital de São Paulo, onde Mauricio começou
a estudar no externato São Francisco e depois em outros colégios. Tempos depois
dividia os estudos com trabalhos diversos, inclusive fazendo algumas ilustrações
para o jornal da cidade de Mogi, pois tinha um talento especial para desenhos e
isso passou a ser o seu grande sonho.

Na Capital de São Paulo começou a
trabalhar como repórter policial no jornal Folha da Manhã onde permaneceu por
quase cinco anos, mas entre uma matéria e outra continuava a dedicar-se ao
desenho e mostrá-las aos amigos que trabalhavam com ele no jornal, o que lhe
proporcionou a abertura de uma oportunidade para editar algumas tiras para o
jornal. Bidu e Franjinha foram as suas primeiras tiras a começar a circular
através do jornal em 1959.

Com o decorrer do tempo, Maurício
foi criando outros personagens como o Cebolinha, Chico Bento e outros e também
iniciou a publicação do tablóide semanal do personagem Horácio, Raposão e não
parou mais. Em 1963, Mauricio criou juntamente com a jornalista Lenita Miranda
de Figueiredo, outra personagem denominada Tia Lenita, que passou a ser
apresentada dentro de um encarte do jornal chamado "Folhinha de São
Paulo" e neste mesmo ano também era criado o seu personagem mais famoso: a
Mônica, inspirada em sua filha.

Outros personagens também surgiram
por inspiração de seus filhos e também de seus amigos de infância como Nimbus,
Do Contra, Maria Cebolinha, Magali, Marina. Sendo pai de dez filhos, Mauricio
teve inspiração de sobra para criar os seus personagens. Quando a Mônica foi
lançada em 1970 ela chegou a incrível cifra de 200 mil exemplares (não esqueça
que estamos falando em termos de Brasil). Dois anos depois chegava às bancas a
revista Cebolinha e assim sucessivamente outros personagens que foram publicadas
pela editora Abril.

Na década de 80, Maurício
presenciou a invasão no mercado brasileiro dos animes japoneses e com isso
acabou perdendo bastante de seu mercado, pois naquela época ele ainda não tinha
nenhum produto televisivo. Pensando nisso, Mauricio fundou o estúdio de animação
"Black & White" e nela criou uma grande equipe que projetaram oito
longas-metragens para reconquistar o mercado, mas tudo isso aconteceu num
péssimo momento da nossa história, pois o Brasil passava naquele momento por uma
inflação galopante, sem contar com a lei de reserva de mercado da informática
que impedia qualquer tipo de modernização para fazer frente aos novos
produtos.

Diante disso, não restou outra
opção senão a de retornar as histórias em quadrinhos, pelo menos até que a
situação econômica brasileira melhorasse. Em 1987as revistas em quadrinhos
passaram a serem publicadas pela editora Globo, em conjunto com o estúdio
Mauricio de Souza.

Pouco a pouco a conjuntura
nacional começou a melhorar e as histórias de Mauricio começaram a ultrapassarem
fronteiras e ser conhecida fora do Brasil, além disso, suas obras começaram a
ser adaptadas para o cinema, televisão, videogames e licenciamentos para
diversos produtos utilizando marcas com os seus personagens. Também foi criado
um parque temático da Turma da Mônica denominado o Parque da Mônica, que fica no
Shopping Eldorado, na Capital de São Paulo, além de outro em Curitiba e Rio de
Janeiro.

Em 2007, todos os títulos da Turma
da Mônica passaram para a multinacional Panini, que na época também possuía os
direitos sobre as publicações dos super-heróis da Marvel e DC Comics. Ainda
neste mesmo ano, Mauricio de Souza recebeu homenagens pela escola de samba,
Unidos do Peruche, que cantou o samba enredo "Com Mauricio de Sousa a Unidos
do Peruche abre alas, abre livros, abre mentes e faz sonhar".
HISTÓRICO DOS PERSONAGENS DE MAURICIO DE SOUSA
PERSONAGENS MAIS FAMOSOS DE MAURÍCIO DE SOUZA
MÔNICA
Mônica é uma menina de sete anos que vive no Bairro do Limoeiro, local
fictício que serve de cenário para a maioria das histórias que protagoniza. Ela
vive com sua mãe Luísa, uma dona de casa, e seu pai Sousa, que trabalha em uma
companhia de negócios e tem sua aparência baseada no real Maurício de Sousa.
Quando foi criada, Mônica era irmã do personagem Zé Luis, mas uma nova continuidade retroativa aboliu o parentesco
entre os dois. Ela também tem um cachorro de estimação chamado Monicão, que
divide diversas características físicas e comportamentais com sua dona. Monicão
foi um presente de seus amigos Cebolinha e Cascão, numa
tentativa frustrada de zombar da menina.
De gênio
forte, Mônica não tem paciência para os apelidos que recebe das outras crianças
por causa de sua aparência física e costuma responder a tais ações com sua
extrema força bruta, muito superior à de uma menina de sua idade e até mesmo à
de um ser humano comum. Mônica aplica tais "correções" em seus
colegas com suas próprias mãos ou através de Sansão, um coelho azul de pelúcia
que é muito querido por Mônica. Sansão é frequentemente roubado pelos meninos
do bairro, que dão nós em suas orelhas para irritar a "dona da rua",
título que ostenta e que é almejado por Cebolinha.
Apesar
das provocações constantes que enfrenta, ela tem laços de amizade com a maioria
das crianças do bairro, em especial com Magali, uma das
poucas que nunca sofre com o temperamento de Mônica. Normalmente geniosa, por
vezes demonstra um comportamento mais dócil e feminino, e frequentemente se
apaixona pelos meninos mais bonitos do bairro. Ela se mostra mais controlada e
romântica quando adolescente em Turma da Mônica Jovem, mas em alguns
momentos ainda deixa seu lado violento aflorar. Ela também nutre uma paixão
correspondida por Cebola, com quem tanto brigava na infância.
CEBOLINHA
Cebolinha é uma personagem de histórias
em quadrinhos e tirinhas,
criado em 1960 por Maurício de
Sousa.Sempre à procura de
um jeito de pegar o coelhinho de sua amiga Mônica, o
Sansão. Suas características são:
Além de
participar das histórias com a turma da Mônica, Cebolinha também participa das
histórias do Louco,
caracterizadas por situações completamente absurdas que não ocorrem nas
histórias com a turma. Cebolinha também participa de histórias com Xaveco, personagem secundária da Turma
da Mônica.
Apesar de
Cebolinha ser considerado hoje parte da Turma da Mônica, foi criado antes de
Mônica (que surgiu em 1963).
Cebolinha ganhou sua própria revista em quadrinhos em 1973, quando já existia
a revista "Mônica".
Cebolinha
foi baseado em um dos amigos de infância de Maurício de Sousa, quando Maurício
vivia em Mogi das Cruzes, e teria apelidado o amigo de
"Cebolinha" por causa de seus cabelos espetados.
CASCÃO
Cascão é a
personagem de HQ criado por Maurício de Sousa em 1961.[1]
Fora inspirado num menino que Maurício conhecera em Mogi das Cruzes, que
tinha esse apelido por ser muito sujo. Sua principal característica é sua mania
de não tomar banho e sua paixão pela sujeira.Vários vilões o
perseguem para acabar com isso, como Dr. Olimpo (neurótico por
limpeza), as gêmeas,
Cremilda e Clotilde (idem) e Capitão Feio (vive
nos esgotos e
não quer outro sujo concorrendo com ele, mas às vezes acaba ajudando
Cascão).Adora jogar futebol,
sendo o mais habilidoso dos personagens da Turma da Mônica
neste esporte. Ele é namorado da Cascuda. Mesmo não desejando, sempre participa dos planos
infalíveis do Cebolinha
(ele aceita só porque o roteiro manda) contra a Mônica, e geralmente leva o
plano a acabar falhando.
MAGALI

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